Se tem algo que considero especial no dia a dia de trabalho de um assessor de imprensa é o fato de podermos ir e vir entre as várias ações e facetas que esta atividade jornalística proporciona. É uma dinâmica sem igual!
Viajar, seja entre os mais variados temas sobre os quais escrevemos, divulgamos e postamos, ou viajar no sentido literal da palavra é sempre muito bom. Diria que é um estilo de vida. “Vida de Jornalista”.
As redações estão cada vez mais enxutas e as histórias menos vividas, são conhecidas menos presencialmente (infelizmente) e mais via telefone ou até mesmo por e-mail. Enquanto isso, nas agências de comunicação, uma rotina exclusiva entre quatro paredes é algo que – geralmente – não existe. Ou dura pouco.
Não se engane. As atividades de um assessor são multidisciplinares. Transitamos das ações de assessoria de imprensa para a redação de veículos de nicho, portais de internet, produção de material institucional, até a gestão de conteúdo para plataformas de mídia social. Os dias nunca são iguais!
Quando fora da agência – sim, saímos muito da toca –, ora estamos em contato com os executivos e profissionais das empresas que atendemos (e com quem aprendemos muito), ou acompanhando eventuais gravações de matérias para tv, rádio e afins.
Dependendo do perfil de atuação da agência, divulgar, pautar e cobrir seminários, encontros, conferências e feiras também faz parte da rotina. Na Conteúdo Empresarial, por exemplo, temos uma equipe dedicada para este trabalho em eventos B2B e B2C. Só nos últimos três anos, atendemos mais de 30 eventos, prestando serviços de relacionamento com a imprensa, cobertura fotográfica, gestão de conteúdo e gerenciamento de redes sociais. Juntos, os resultados destes trabalhos somaram mais de 18 mil inserções de mídia espontânea, ou seja, matérias nos mais diversos tipos de veículos de comunicação.

Coletiva de imprensa da Marintec South America / Navalshore
Apesar da sede da agência estar na Baixada Santista e nossa equipe ficar toda por aqui (exceto minha sócia, alocada em nosso endereço na capital), a maior parte dos eventos que atendemos acontece no eixo Rio-SP. Sem esquecer, claro, das ativações de multiplex para a cliente Cinesystem, que já nos proporcionou conhecer in loco a imprensa do Pará, de Santa Catarina, Paraná, entre outros estados. E é neste ponto que a conversa fica boa!
Apesar de toda a tensão que o trabalho de comunicação carrega consigo, é sempre muito gratificante pegar a estrada, atuar em diferentes estados e cidades, conhecer o mínimo que seja da cultura e das pessoas daquele lugar. Ver gente, conhecer outros colegas jornalistas com quem passamos meses falando muito ao telefone e quase nada olho no olho. Aliar networking, trabalho, realização e resultado é renovador, é gás novo para seguir na profissão e querer mais!
Enquanto as redações – em especial aquelas de veículos impressos – estão perdendo fôlego para bancar ou simplesmente liberar os jornalistas para a rua, para uma press trip ou simples entrevista coletiva na outra esquina, as agências de comunicação acabam por manter seus jornalistas mais itinerantes.
Ser jornalista não é só ser repórter de redação de jornal ou aparecer na bancada de um jornal na TV. Nunca foi. E no atual contexto mercadológico, nunca mais será!
Todo jovem com vontade de entrar nesta louca e amada profissão precisa saber do quanto ela é multifacetada e quantas e milhares são as suas possibilidades de exercício. Minha sensação é que, ainda hoje, tal realidade não fica clara em sala de aula. Me parece ainda haver nas faculdades, salvo exceções, uma visão muito romântica e pouco prática da atual dinâmica da profissão de jornalista e suas possibilidades. Como reflexo, muitos jovens criam falsas expectativas (mais negativas do que positivas, um erro) sobre o mercado de trabalho.
Aos estudantes ou recém formados de plantão, #ficaadica: ler, pesquisar e conversar com quem já está inserido no mercado de trabalho é um ótimo caminho para tomar decisões assertivas, traçar metas e ser feliz no que faz!